ATA DA VIGÉSIMA OITAVA
REUNIÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA COMISSÃO REPRESENTATIVA DA DÉCIMA TERCEIRA
LEGISLATURA, EM 23-01-2002.
Aos vinte e três dias do mês de janeiro do ano dois mil e dois, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às nove horas e quarenta e cinco minutos, foi efetuada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Alberto Garcia, Ervino Besson, Estilac Xavier e Raul Carrion, Titulares. Ainda, durante a Reunião, compareceram os Vereadores Clênia Maranhão e Fernando Záchia, Titulares, e Maria Celeste e Sebastião Melo, Não-Titulares. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou a distribuição em avulsos de cópias das Atas da Vigésima Sexta e Vigésima Sétima Reuniões Ordinárias que, juntamente com as Atas da Vigésima Primeira, Vigésima Segunda, Vigésima Terceira e Vigésima Quarta Reuniões Ordinárias e a Ata Declaratória da Vigésima Quinta Reunião Ordinária, deixaram de ser votadas face à inexistência de quórum deliberativo. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador João Carlos Nedel, 07 Pedidos de Providências; pelo Vereador Sebastião Melo, os Pedidos de Informações nºs 004, 006 e 009/02 (Processos nºs 0252, 0276 e 0299/02, respectivamente). Ainda, foi apregoado o Ofício nº 055/02 (Processo nº 0341/02), do Senhor João Verle, Prefeito Municipal de Porto Alegre em exercício, informando que o Senhor Tarso Genro, Prefeito Municipal de Porto Alegre, se ausentou do Município no dia vinte de janeiro do corrente, às dezesseis horas e vinte minutos, com retorno previsto para a noite de vinte e um de janeiro do corrente, a fim de participar dos funerais do Senhor Celso Augusto Daniel, Prefeito do Município de Santo André - SP. Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nºs 629, 630, 631, 633, 650, 651 e 655/01 e 027/02, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre; Comunicado nº 66893/01, da Senhora Mônica Messenberg Guimarães, Secretária-Executiva do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE. Na oportunidade, por solicitação do Vereador Raul Carrion, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma ao Senhor Celso Augusto Daniel, Prefeito do Município de Santo André - SP, falecido no dia vinte de janeiro do corrente. Após, foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador João Antonio Dib, solicitando Licença para Tratamento de Saúde, nos dias vinte e três e vinte e quatro de janeiro do corrente, tendo o Senhor Presidente declarado empossado o Vereador João Carlos Nedel na titularidade da Comissão Representativa. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Estilac Xavier teceu considerações sobre o homicídio praticado no dia vinte de janeiro do corrente contra o Senhor Celso Augusto Daniel, Prefeito do Município de Santo André - SP, propugnando pela adoção de medidas tendentes ao combate à violência urbana e ao crime organizado e lembrando crime semelhante praticado contra o Senhor Antônio da Costa Santos, ocorrido no dia dez de setembro de dois mil e um. O Vereador Carlos Alberto Garcia lamentou a morte do Senhor Celso Augusto Daniel, comentando a repercussão desse crime perante a sociedade brasileira e analisando as prováveis causas do ocorrido. Nesse sentido, reportou-se à legislação vigente no Município, que estabelece a criação de um cadastro único para os telefones celulares pré-pagos, salientando que a Câmara Municipal de Porto Alegre foi pioneira na edição de legislação atinente ao tema. O Vereador Sebastião Melo externou seu pesar pelo falecimento do Senhor Celso Augusto Daniel, Prefeito do Município de Santo André - SP. Também, discorreu sobre ação judicial de exibição de documentos movida por Sua Excelência contra o Executivo Municipal, com relação aos gastos do Município com o II Fórum Social Mundial e informou que protocolizará Projeto de Lei, tornando obrigatória a execução do Orçamento do Município nos termos em que foi aprovado. O Vereador Ervino Besson discorreu sobre o homicídio do Prefeito Municipal de Santo André – SP, ocorrido no dia vinte de janeiro do corrente. Também, teceu críticas ao Conselho de Segurança Pública e às repercussões da Comissão Especial sobre Segurança Pública em Porto Alegre, informando que solicitará o desarquivamento do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 022/01 (Processo nº 3603/01), que cria o Conselho Municipal de Justiça em Porto Alegre. O Vereador Raul Carrion referiu-se à carreira política do Senhor Celso Augusto Daniel, Prefeito Municipal Santo André – SP, vítima de homicídio no dia vinte de janeiro do corrente, manifestando sua solidariedade aos membros do Partido do Trabalhadores - PT. Também, procedeu à leitura do Informativo nº 03/02 de "A Classe Operária", intitulado “Exigimos punição dos assassinos de Celso Daniel”, denunciando as ameaças de morte recebidas por diversos prefeitos filiados ao Partido dos Trabalhadores. O Vereador João Carlos Nedel manifestou-se favoravelmente à punição dos culpados pelo seqüestro e morte do Prefeito Municipal de Santo André – SP, Senhor Celso Augusto Daniel, ocorrido no dia vinte de janeiro do corrente. Também, teceu considerações sobre as causas do aumento da criminalidade no Brasil, mencionando a invasão do prédio da Prefeitura de Tupanciretã pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, sucedida em vinte e um de janeiro do corrente. A Vereadora Clênia Maranhão reportou-se ao aumento da violência urbana no País, ressaltando o assassinato do Senhor Celso Augusto Daniel, Prefeito Municipal de Santo André – SP. Também, chamou a atenção para a banalização da violência na programação dos noticiários das emissoras de televisão brasileiras e internacionais, questionando as políticas sociais adotadas em nível Municipal, Estadual e Federal, no que se refere à questão da segurança pública. A seguir, foi apregoado o Ofício nº 054/02, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, comunicando que, após o período de recesso parlamentar, enviará a esta Casa Projeto de Lei visando à criação de uma autarquia gestora do Sistema Próprio de Previdência do Município de Porto Alegre. Às dez horas e quarenta e dois minutos, constatada a inexistência de quórum para ingresso na Ordem do Dia, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Reunião Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Fernando Záchia, Carlos Alberto Garcia e ErvinoBesson e secretariados pelo Vereador Ervino Besson. Do que eu, Ervino Besson, 3º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída lida e aprovada, será assinada por todos os Senhores Vereadores Presentes.
O SR. PRESIDENTE (Carlos
Alberto Garcia): O Ver.
Raul Carrion está com a palavra.
O SR. RAUL CARRION
(Requerimento): Sr.
Presidente, solicitamos que seja realizado um minuto de silêncio em decorrência
da morte do Prefeito Celso Daniel, o qual foi assassinado barbaramente; um
crime, no meu entender, com claras conotações políticas. Creio que esta Casa
deve se manifestar por intermédio de um minuto de silêncio.
O SR. PRESIDENTE (Carlos
Alberto Garcia): É uma
justa homenagem. Solicitamos um minuto de silêncio.
(Faz-se um minuto de silêncio.)
O Ver. João Antonio Dib solicita licença
para tratamento de saúde no período de 23 a 24 de janeiro.
(Obs.: Foi apregoado o Requerimento de
Licença do Ver. João Atonio Dib, e dada posse ao Suplente, conforme consta na
Ata.)
O Ver. Estilac Xavier está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. ESTILAC XAVIER: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, público
do canal 16, Senhores Funcionários. Cumpre, nesta Reunião Representativa, em
nome da nossa Bancada do Partido dos Trabalhadores, registrar o profundo pesar
com o assassinato do nosso Prefeito de Santo André, Celso Daniel. Um crime que
todos acompanharam, pelos noticiários, o seu desfecho, a sua forma violenta, e
que ceifou a vida deste dirigente partidário que era, também, o nosso
coordenador nacional da proposta de programa do PT para o ano de 2002, para as
eleições presidenciais.
Mas, há quatro meses, o Prefeito de
Campinas, Antônio da Costa Santos, o Toninho, também foi assassinado. Até hoje
não estão elucidadas as causas, tampouco estão claras as informações sobre seus
responsáveis, mas não teve a mesma repercussão, porque, na época, o noticiário
todo se voltou para o atentado das Torres Gêmeas nos Estados Unidos e, depois,
à seqüência de atos em relação ao Afeganistão.
Nós estamos exigindo do Presidente da
República e do Governador do Estado de São Paulo as providências. Na nossa
compreensão, esse crime se soma aos outros tantos que já ocorrem no Brasil,
envolvendo trabalhadores anônimos, mas que toma uma dimensão política, na
medida em que um líder de uma cidade importante de São Paulo, como Santo André,
é assassinado da forma como foi. Há uma exigência da sociedade, dos
trabalhadores do nosso Partido para que se tomem as medidas na área da
segurança pública, coibindo esta violência. Não nos parece que seja
restringindo liberdades ou afetando as instituições democráticas que possamos
conseguir a diminuição desses lamentáveis fatos.
Nós estamos convictos de que o País está
sujeito a uma onda de violências pelo crime organizado, e o crime organizado é
quando o crime é feito como negócio. E, quando é feito como negócio, ele
envolve todas as esferas de poderes, e, portanto, nós sabemos que o crime organizado
tem de ser desmantelado, tem de ser desbaratado.
O PT se soma a todos aqueles que querem,
de forma democrática, Ver. Sebastião Melo, coibir e diminuir este tipo de
violência que se abate sobre a população. Não vai ser ampliando penas, no meu
modesto modo de ver, não vai ser restringindo direitos, como a onda de extrema
direita que afeta o mundo, a partir dos acontecimentos das Torres Gêmeas, que
vai aumentar a segurança.
Ver.ª Maria Celeste, lamentavelmente,
talvez estejamos a conviver em uma época, inaugurando uma época em que alguns
acham que diminuindo os direitos e atacando as liberdades se possa garantir
direitos e liberdades. Não. A violência desconstitui as instituições, e ela é
um desserviço à democracia, porque as pessoas acabam perdendo a esperança e a
crença de que as regras do jogo sejam suficientes ou sirvam para conduzir de
forma civilizada os conflitos humanos. Enganam-se aqueles que pensam que a
violência é só um fato social. Não é. É gerado na pobreza? Também é. Mas quando
o crime é organizado, ele é um negócio, e, como negócio, ele tem todas as
características e se entrelaça com todas as redes sociais e institucionais,
seja da Polícia, do Judiciário ou da área política.
Há uma exigência do País e do nosso
Partido para que se averigúem esses fatos, se prendam e se julguem, pelas leis
brasileiras, os assassinos de Celso Daniel, de Toninho, e os atentadores contra
a vida dos dois Prefeitos do interior de São Paulo e de outros Vereadores do
nosso Partido, e que se coíba a ação de uma auto-intitulada Frente de Ação
Revolucionária Brasileira, que assumiu a morte do Toninho e que, ontem, ameaçou
novamente a vida do nosso Prefeito de Guarulhos, Elói Pietá, assim como hoje
sabemos das ameaças feitas à Prefeita Marta Suplicy, ao Dep. Genuíno Neto e a
outros líderes do PT. É um desserviço à democracia e que, certamente, deve ter
ramificações na extrema direita deste País. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos
Alberto Garcia): Passo a
Presidência ao Ver. Ervino Besson para que este Vereador possa utilizar o tempo
de Comunicação de Líder em nome do seu Partido, o PSB.
O SR. PRESIDENTE (Ervino
Besson): O Ver. Carlos
Alberto Garcia está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. CARLOS ALBERTO
GARCIA: Sr. Presidente e
Srs. Vereadores, esse assassinato brutal do Prefeito de Santo André, Celso
Daniel, chocou a população brasileira, mostrando que todos estão à mercê de
morte por quadrilhas organizadas. Queremos também salientar que esse crime tem,
sim, mais do que nunca, está provado, uma conotação política, e esse crime é um
retrocesso para o processo democrático no nosso País.
Hoje, está estampada, em todos os jornais
do nosso País, uma discussão sobre a questão da proibição ou não do telefone
pré-pago. O Governador de São Paulo, Geraldo Alkimin, está propondo que esse
tipo de telefone seja descartado, não seja mais permitida a sua
comercialização. O Presidente da República não concorda com isso. Mas eu quero
salientar que, há dois anos, este Vereador e o Ver. Adeli Sell propuseram uma
Lei que foi pioneira no Brasil e que hoje está implantada em todo o território
nacional, relativa ao cadastro único de telefone celular. Naquela oportunidade,
nós não nos preocupávamos se era pré-pago ou pós-pago. E a ANATEL fixou somente
o cadastro único para telefone pós-pago.
No ano passado, nós ingressamos com um
Projeto que foi aprovado aqui na Casa, e, agora, no dia 16 de janeiro, foi
sancionado pelo nosso Prefeito, Tarso Genro, que dispõe sobre o cadastro dos
compradores de telefone celular pré-pago no Município de Porto alegre e dá
outras providências. Mais uma vez, fico bastante orgulhoso de ter proposto essa
matéria, mas, quero dizer, fico mais orgulhoso de ser Vereador de Porto Alegre,
porque Porto Alegre está na vanguarda do Brasil, ou seja, é o primeiro
Município do Brasil que possui uma lei que obriga que os telefones pré-pagos
tenham de ter a sua identificação. E, com a permissão dos senhores e das
senhoras, eu vou ler o art. 1º, que, praticamente, insere todo o contexto.
(Lê.) “Ficam as empresas operadoras do serviço de telefonia celular pré-pago,
no Município de Porto Alegre, obrigadas a manter cadastro dos compradores.
Parágrafo único. O cadastro referido no caput
deste artigo deverá conter: I - O número do telefone habilitado; II - o número
serial decimal (ESN) do aparelho; III - o nome, CPF, RG e endereço do
comprador. Art. 2º - Os estabelecimentos das empresas operadoras e aqueles
credenciados e autorizados a comercializar telefones celulares pré-pagos
deverão registrar o número do telefone habilitado na cópia da nota fiscal.”
Então, queremos dizer que, com isso, e desde o dia 16, como foi sancionada a
Lei, as pessoas que utilizam o telefone celular pré-pago no Município de Porto
Alegre poderão, a todo o momento, ser identificadas, e é isso que se quer,
porque, assim como houve esse episódio agora que foi veiculado e querem acabar
com o telefone celular pré-pago, nós podemos recordar outros episódios, como o
seqüestro do Sílvio Santos; aquele episódio da rebelião em vários presídios,
que ocorreu em todo o território nacional, mostrando que esse tipo de telefone
se presta para isso; sem esquecermos o famoso caso do escândalo dos 169 milhões
do Tribunal de Justiça de São Paulo.
O que Porto Alegre está propondo – e agora
é Lei – é algo pioneiro, inédito e, mais uma vez, para nosso orgulho, coloca o
Município de Porto Alegre na vanguarda dos demais Municípios do nosso País.
Esperamos, sim, que esta Lei, de nossa autoria, que foi sancionada pelo Sr.
Prefeito, possa entrar, de imediato, fazendo com que esse tipo de abuso possa
ser evitado.
Mais uma vez, pedimos que as autoridades
federais, estaduais e municipais criem um grande pacto para tentar, de uma vez
por todas – volto a enfatizar – , salvar a democracia do nosso País, pois esse
tipo de atentado é altamente condenável por toda a sociedade brasileira. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Fernando
Záchia): O Ver.
Sebastião Melo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Sr.ªs e Srs.
Vereadores, público que nos honra com sua presença e nossos telespectadores do
canal 16, em nome da Bancada do PMDB, nós queremos, em primeiro lugar, repudiar
o ocorrido em São Paulo, o brutal assassinato do Prefeito Celso Daniel. Mas
também tenho a obrigação de dizer desta tribuna que o fato se notabiliza por
ser um Prefeito, mas fatos como esses tristemente têm acontecido no nosso País
de norte a sul, de leste a oeste; começando pelos presídios, onde algumas
dezenas de pessoas são executadas pelo próprio Estado, que tem o dever de dar
proteção. Então, a questão da segurança pública é uma questão do País inteiro;
nós aqui no Rio Grande do Sul, nós aqui em Porto Alegre, estamos vivenciando
essa questão, dramaticamente.
Eu faço questão de repetir aquilo que
tenho dito em alguns momentos na Ordem dos Advogados, nas nossas sessões do
Conselho: o tamanho da pena não vai diminuir a criminalidade, Ver. Adeli Sell,
mas a certeza da punição. A impunidade neste País é um dos grandes fatores da
criminalidade, ele não está solteiro, mas é um dos grandes problemas. Hoje o
cidadão tem a permissibilidade de fazer o que ele acha que pode fazer, porque o
Estado está inoperante, no sentido lato
sensu, e comete os bárbaros crimes.
Eu queria aproveitar esse restante de
tempo, Sr. Presidente, para fazer um breve relato, porque, na semana passada,
vim a esta tribuna e fiz um apelo ao Sr. Prefeito Tarso F. H. Genro para que
ele mostrasse o gasto com o Fórum Social, gasto que ele não mandou nem na Lei
de Diretrizes Orçamentárias, muito menos no Orçamento. Ver. João Carlos Nedel,
nada melhor do que um dia depois do outro. A oposição tem que botar a mão na
consciência, porque, quando este Vereador fez uma Emenda, e perdeu por três
votos, proibindo a suplementação de verbas, ele foi derrotado neste Plenário.
Se a Emenda tivesse sido aprovada, o Sr. Prefeito não poderia fazer os gastos
sem mandar para esta Câmara, que é o que fez e o que tem feito diariamente.
Eu vim a esta tribuna, fiz uma cobrança,
e o Líder do Governo disse de forma irônica: “Não, utilize o Regimento.” Eu lhe
disse que era uma das opções e que decidiria com a minha assessoria. O
Regimento estabelece quarenta e cinco dias para o Prefeito responder, mas eu
usei o instrumento democrático e legítimo que o cidadão pode usar, que é o
direito de peticionar ao Judiciário e pedir que o Prefeito apresente os
documentos. O Doutor da 5ª Vara determinou que o Sr. Prefeito mostrasse os
documentos. Para a minha surpresa, no dia em que distribuía a ação, o Sr.
Prefeito emitiu uma nota oficial dizendo que este Vereador estava equivocado,
que esses documentos são públicos e que, portanto, este Vereador estava
atropelando, não precisava ir ao Judiciário. Eu recebi isso através de uma nota
oficial da Prefeitura às 17h. Pedi que a minha assessoria não fechasse o
gabinete, e assim foi feito. Eu liguei para a segurança às 20h, às 21h, até as
23h para ver se o Prefeito mandava os documentos, porque eu iria retirar a
ação, mas parece que o Prefeito não sabia o endereço da Câmara e não mandou os
documentos. Agora, eu espero, Ver. Adeli Sell, que ele não use os cinco dias
que a lei faculta para apresentar os documentos, a não ser que tenha
dificuldade de explicar, a não ser que tenha dificuldade de dizer que não tem dinheiro
para fazer o camelódromo, mas tem oitocentos e poucos mil para tirar da SMIC
para colocar no Fórum Social. A não ser que diga que as crianças, que o
Prefeito Tarso Genro, até hoje, não tirou das ruas... Mas agora tenho notícias
de que as Kombis e os caminhões estão recolhendo as crianças e os mendigos das
ruas de Porto Alegre para que as autoridades do Fórum Social vejam que esta
Cidade não tem problemas. “Eu sou você amanhã, Presidente!” A direita,
especialmente o Lacerda, fazia isso! Tirava as crianças da rua, só que ele
jogava no mar! Por isso, Sr. Presidente, estou protocolando, ainda hoje, mais
precisamente, neste momento, no nosso setor competente, estou protocolando,
aqui, um Projeto de Lei que torna obrigatória a execução do Orçamento.
Meu querido Ver. João Carlos Nedel, não
vão poder fazer mais alhos por bugalhos! Fez o Orçamento, o Orçamento
Participativo, que não foi consultado para o gasto do Fórum Social, mas vai ter
de cumprir. Então, vou protocolar. E mais: vou propor a criação da Comissão de
Fiscalização e Controle desta Casa. Esta Casa não pode continuar sendo relegada
pelo Sr. Prefeito Tarso F.H. Genro! Esta Casa tem responsabilidade e ela tem o
papel de fiscalizar as verbas públicas. Nós somos favoráveis ao Fórum, Sr.
Presidente - já vou encerrar -, achamos que é um instrumento legítimo e
importante de debate e apresenta alternativas, mas não pode ser feito com o
dinheiro público. O dinheiro público deve ter outras destinações. Portanto,
fica aqui o registro e, neste momento, vou protocolar esse Projeto que, com
certeza, contribuirá com esse contraponto de fiscalização desta Casa
democrática da cidadania e da responsabilidade popular. Muito obrigado, Sr.
Presidente.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Fernando
Záchia): O Ver. Ervino
Besson está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores,
senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias, e também as pessoas que
nos assistem pela TV Câmara, quero saudar a todos. Primeiramente, em nome da
Bancada do PDT, queremos, com muita tristeza, lamentar profundamente mais esse
brutal assassinato do Prefeito de Santo André em São Paulo. Nós estamos
acompanhando perplexos não só esse crime em São Paulo, mas também outros que
estão acontecendo na nossa Cidade.
Eu não poderia deixar de dizer, mais uma
vez, Ver. João Calos Nedel, que várias reuniões foram feitas, comissões foram
constituídas e nada foi decidido. No início do ano, eu estive presente no
Conselho de Segurança Pública, que foi instalado próximo à Santa Casa de
Misericórdia; houve belos discursos, belos pronunciamentos, mas na prática o
que foi feito? Deixo que os nobres Pares da Casa e as pessoas que nos assistem
pela TV Câmara façam a sua avaliação.
Por iniciativa da Ver.ª Helena Bonumá foi
instalada a Comissão Especial de Segurança Pública, nesta Casa, e foram feitas
várias reuniões, ouvidos diversos segmentos da nossa Cidade, mas também ficou
só no papel; na prática nada foi feito.
Eu tenho um Projeto, que desarquivarei no
dia 15 de fevereiro, que há um ano está em discussão, que cria conselhos
municipais de justiça e segurança, para que possamos fazer um trabalho
integrado, sério, junto com todas as nossas entidades, e uma discussão de olho
a olho sobre os problemas da nossa segurança pública. Cito, como exemplo, a
Zona Sul de Porto Alegre, como toda a Cidade, todo o Estado, enfim, todo o
Brasil, que vive essa tragédia em termos de segurança. Alguém vai ter de
explicar sobre o menor, o Tiaguinho da Zona Sul: depois do décimo segundo
flagrante, ele foi recolhido para a FEBEM, e hoje está solto, apavorando uma
comunidade. Alguém vai ter de explicar isso para a comunidade! A Secretaria da
Justiça e Segurança, o Ministério Público, o Juizado da Infância e da
Juventude, alguém vai ter de explicar para a comunidade.
Por isso, nós temos de trabalhar juntos,
a comunidade e as instituições, para que possamos dar um basta no que está
acontecendo hoje na nossa Cidade e no Brasil inteiro. Alguém vai ter de tomar
uma dianteira nisso. Talvez, nós, aqui em Porto Alegre, consigamos fazer algo
para diminuir o sofrimento do nosso povo e tornemos o nosso dia-a-dia um pouco
mais tranqüilo, e não aquilo que estamos acompanhando diariamente.
O crime organizado está na cabeça de
todos, na visão de todos. Por que nós, a segurança, os órgãos que têm a
responsabilidade sobre a segurança pública também não nos organizamos para que
possamos, sim, amenizar o sofrimento, o medo, que está estampado no rosto de
cada cidadão deste País? Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Fernando
Záchia): O Ver. Raul
Carrion está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. RAUL CARRION: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, todos
aqueles que nos assistem aqui e nas suas casas, em nome da Liderança da Bancada
do Partido Comunista do Brasil, o PC do B, nós queríamos, em primeiro lugar,
trazer a nossa solidariedade fraterna ao Partido dos Trabalhadores, que acaba
de ver assassinado brutalmente, num crime, no nosso entender, com clara
motivação política, um dos seus mais destacados líderes nacionais, Prefeito
três vezes em Santo André, a última vez, com 70% dos votos; Coordenador do
Plano de Governo do futuro Presidente, Lula, e já Deputado Federal; previsto já
como Ministro de um Governo da Frente Popular. Queríamos, ao mesmo tempo,
manifestar o repúdio veemente da Bancada Comunista a esse assassinato.
Gostaria de, inicialmente, ler a nota
que, já no dia 21 de janeiro, o Presidente Nacional do PC do B, Renato Rabelo,
distribuiu para toda a imprensa e para os partidos. “Exigimos punição dos
assassinos de Celso Daniel. Em nome da Direção Nacional do PC do B e de toda a
nossa militância, transmitimos aos companheiros do PT e familiares de nosso
amigo Celso Daniel nosso mais profundo pesar pelo assassinato do destacado
Prefeito de Santo André.
Celso Daniel era Prefeito, pela terceira
vez, de uma das mais importantes cidades do Estado de São Paulo. Sua vida foi
dedicada à defesa dos interesses democráticos e populares, tendo sido um dos
fundadores do PT. Com larga experiência administrativa, especialista em
planejamento urbano e político, de ampla visão dos problemas brasileiros, era o
coordenador da comissão que elaborava o Programa de Governo do PT para as
eleições presidenciais de 2002.
Esse crime bárbaro, com requintes de
selvageria e semelhanças ao praticado há quatro meses contra o Prefeito de
Campinas, Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT, demonstra de forma
eloqüente o nível de escalada da violência sem precedentes no Brasil. Apesar
das tentativas dos círculos dominantes em divulgar um País irreal, “diferente”
do drama social argentino, esses acontecimentos de generalizada onda de crimes
configuram um quadro de guerra civil atípica, que expressa a dramática situação
de injustiça social que traspassa nosso País, agravada pela adoção do programa
neoliberal e da inépcia governamental em relação ao atendimento dos sentidos
problemas que o nosso povo vive – flagrante da falência da orientação atual é o
fato de o governo Fernando Henrique ter reduzido em 28% o orçamento de
segurança pública deste ano em relação a 2001. Esses bárbaros crimes que se
dirigem coincidentemente contra Lideranças do PT podem indicar um curso de
interesses inconfessáveis, procurando provocar um processo irracional de
radicalização política que envolva o conjunto da Nação.
Nesta hora de consternação, exigimos a
pronta apuração deste crime e a punição rigorosa dos seus autores. Esses graves
acontecimentos demonstram a imperiosa necessidade de união das correntes
oposicionistas e da formação de amplo movimento cívico nacional em defesa de
democracia, da soberania, dos direitos do povo, da paz e da justiça social, na
busca de um novo rumo para o Brasil, que garanta vida digna e tranqüila para a
nossa população. São Paulo, 21 de janeiro de 2002. Renato Rabelo, Presidente do
PC do B.”
Queria, ao concluir essa manifestação da
Bancada do PC do B, fazer referência ao que as notícias dos jornais de hoje
dizem: que o Prefeito Celso Daniel, antes de ser executado com sete tiros de
9mm, o mesmo calibre usado contra o Prefeito de Campinas, do PT, foi
barbaramente torturado e espancado. Isso não é crime comum! Nenhum criminoso
comum tortura e espanca uma liderança política antes de assassiná-la. Da mesma
forma, é preciso referir que outros quarenta e dois prefeitos do PT foram
ameaçados. É preciso dizer que aqui no Rio Grande do Sul a Prefeita Estela
Farias, de Alvorada, há poucos dias, foi ameaçada; que o Senador José Eduardo
Dutra, do PT, do Sergipe, foi ameaçado; que o candidato do PT, em São Paulo,
José Genoíno, foi ameaçado. E outra coisa interessante: nenhum resgate foi
pedido. Não foi seqüestro, não foi crime comum – é crime político! E se pensam
que com isso atemorizam as forças populares democráticas de esquerda deste
País, equivocam-se.
Quero recordar que, no ano passado, o
nosso Partido, o PC do B, aqui em Porto Alegre, foi ameaçado, a nossa sede foi
agredida. Nós denunciamos isso aqui e fomos às ruas. É preciso ter claro que
isso é resultado de uma escalada de violência decorrente da aplicação de um
projeto neoliberal, que cria miséria e que é incompatível com a democracia
neste País. Seguiremos na luta, e o PC do B inclina as suas bandeiras de
combate em homenagem ao Prefeito Celso Daniel, de Santo André, covardemente
assassinado. A nossa solidariedade ao PT. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos
Alberto Garcia): O Ver.
João Carlos Nedel está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, Sr.ªs Vereadoras
e Srs. Vereadores, gostaria de, em nome da Bancada do Partido Progressista,
lamentar, profundamente, e apresentar as nossas condolências pelo assassinato
do Prefeito Celso Daniel, de Santo André. Foi um crime inominável, que não
merece comentários, porque é de estarrecer o País. Esse crime precisa ser
esclarecido, e punidos os culpados, sem dúvida. Recebam a solidariedade do
Partido Progressista Brasileiro.
Vou comentar alguns aspectos a respeito
de segurança. Eu vejo aqui amigos e familiares. Eu gostaria de lembrar que a
segurança começa na família. Quando há divergência na família, começam os
problemas de segurança; quando os pais não dialogam com os filhos, começa o
problema; quando os pais não sabem onde estão os filhos, que saem à noite e não
dizem aonde vão, a que horas voltam e com quem estão, e os pais também não
querem nem saber; quando os pais não acompanham os seus filhos; quando os
filhos não obedecem aos seus pais. Então, melhorando a família, nós melhoramos
a segurança. A segurança continua na escola. E vimos tantos problemas nas
escolas: vimos alunos agredindo professores, impressionante; vimos alunos
depredando bens públicos, salas de aula. Eu estive em contato com um Diretor de
uma Escola Estadual, que me disse que eles não agüentam mais os alunos. Os vizinhos
dessa Escola reclamaram que os alunos saem da escola, Ver. Carlos Alberto
Garcia, V. Ex.ª, que é dedicado à causa da educação, depredando residências ao
lado das escolas. Impressionante!
E, agora, vimos, Vereador, na Faculdade
de Comunicação, alunos fumando maconha livremente - alguém foi reclamar, eles
se sentiram ofendidos -, transgredindo a lei, publicamente - e alguns
professores foram lá defender os alunos. Eles podem descumprir a lei? Que
tristeza! Vejam onde começam os problemas de segurança! Eles começam também
quando são retiradas as condições de trabalho das pessoas, quando os governos
mandam embora empresas geradoras de emprego e renda, quando afugentam empresas
que poderiam gerar renda, emprego e ocupação, quando os governos exageram nos
impostos cobrados, afugentando as empresas, eliminando oportunidades de
emprego, e as pessoas se preocupam; quando leis são descumpridas, pela
impunidade. Aqui, ao lado da Câmara, o MST novamente invade uma propriedade
pública e nada acontece, agredindo a lei. E, mesmo quando a Justiça, Ver.
Carlos Alberto Garcia, não é atendida, não é acatada, como vimos ontem, em
Tupanciretã, quando a Justiça devolveu a posse ao Prefeito, do prédio da
Prefeitura, que tinha sido invadido pelo MST. Os líderes disseram: “Não! Nós
vamos nos reunir e vamos decidir se vamos acatar ou não a decisão da Justiça.”
Aí começa a insegurança. Portanto, Ver. Carlos Alberto Garcia, eu acho muito
importante o momento de reflexão que amanhã o Papa João Paulo II liderará no
Santuário de São Francisco de Assis, em Assis, na Itália, quando reunirá
duzentos líderes religiosos, num compromisso pela paz. Nós precisamos nos
comprometer com a paz, com a justiça. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos
Alberto Garcia): A Ver.ª
Clênia Maranhão está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, em
nome da Bancada do PPS nós também queríamo-nos referir, assim como as demais
Bancadas que aqui ocuparam esta tribuna, aos graves e tristes últimos
acontecimentos de violência ocorridos no Brasil, agora contra o Prefeito Celso
Daniel, de Santo André, uma figura pública que as pessoas reconheciam como um
dirigente político com alta capacidade de compreensão da realidade e de negociação
com o conjunto das forças políticas que compõem este País.
Nós teríamos evidentemente uma série de
coisas a afirmar, que já foram ditas aqui por Líderes de várias Bancadas. O que
nós queríamos reafirmar, pontualmente, é a grande preocupação que nós temos,
como agentes públicos, quanto à questão da segurança deste País, quanto ao
crescimento de um tipo de comportamento que a sociedade presencia, em razão do
qual as pessoas não têm mais condições de sair às ruas, não têm mais condições
de ir aos seus trabalhos ou de ficar em paz dentro das suas casas. A violência
no Brasil tem-se expressado das mais diversas formas: tem-se expressado contra
indivíduos, instituições, empresas, moradias. Agora, nós estamos tristemente
acompanhando mais uma expressão dessa violência; uma violência que ameaça
homens e mulheres públicas, sem que ainda haja sobre essas ações algum parecer
definitivo.
O que é aterrorizante é a banalização
dessa violência. Quando nós assistimos, por exemplo, aos noticiários das
televisões, quer sejam dos canais brasileiros ou internacionais,
fundamentalmente dos canais mais famosos, com as maiores audiências do mundo, a
questão dos massacres, a forma como se faz o enfrentamento público, a forma
como se trava a questão das divergências são apresentadas através das ações
bélicas de muitos governos. Fiquei estarrecida ouvindo a CNN perguntar ao
público de uma forma absolutamente corriqueira, como se isso pudesse ser
possível, quais os próximos atos de violência, quais os próximos bombardeios e
massacres que farão os Estados Unidos, tendo em vista que a guerra do
Afeganistão foi mais rápida do que eles imaginavam, o massacre foi mais rápido
do que se imaginava, e que as bombas continuam a postos para serem usadas.
Perguntava também onde estará esse terrorista, como é que vão empregar a luta
contra o terror. Será bombardeando a Somália? Seria bombardeando o Iêmen? Seria
bombardeando o Iraque? E quantas pessoas morrerão vítimas dessa decisão? Eu
acredito que a discussão de uma cultura da paz se coloca com a prioridade nunca
vista na história da humanidade.
No caso brasileiro, eu acho que os
últimos dias nos demonstraram que esse tema tem de unificar o conjunto da
sociedade brasileira, dos partidos, das instituições, na busca da punição dos
culpados, na busca de soluções preventivas, na busca da discussão das causas
dessa violência, para que as pessoas possam ter o direito de viver neste País
em paz.
A morte do Celso Daniel faz parte dessa
nova matiz da violência brasileira. Uma coisa bárbara em um País que, muitas
vezes, repetimos que nos orgulhamos de viver nele pela sua pluralidade
política, pela sua pluralidade ideológica. Portanto, acho que o Brasil está de
luto pela morte do Celso Daniel, mas está de luto pela agressão à democracia,
pela agressão à pluralidade, pela agressão ao conjunto da sociedade brasileira.
Muito obrigada.
(Não revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos
Alberto Garcia):
Queremos apregoar o Ofício nº 054, do Gabinete do Prefeito, ao Presidente da
Câmara Municipal de Porto Alegre. (Lê.) “ Gabinete do Prefeito, 18 de janeiro
de 2002. Senhor Presidente, a Lei nº 466/01, de 11 setembro de 2001, instituiu
o regime próprio da previdência do Município de Porto Alegre, estabelecendo um
período de transição e constituição de autarquia municipal, a qual gerirá, de
forma definitiva, o novo regime. Para tanto, fixou um prazo de quatro meses, a
contar da mesma, para envio de Projeto de Lei tratando da criação da autarquia
e seus aspectos correlacionados.
Tendo em vista o Executivo Municipal
estar findando o debate sobre o conteúdo do Projeto, bem como ainda estar em
fase de consulta às entidades representativas dos servidores, conforme prevê a
própria Lei, e o fato de o prazo ter expirado no dia 10 p.p., durante o recesso
dessa Colenda Casa, comunico que optou-se por enviar o Projeto na reabertura do
ano legislativo, em 15 de fevereiro de 2002. Atenciosas saudações. Tarso Genro,
Prefeito.”
Solicito ao Sr. Secretário que proceda à
chamada nominal para verificação de quórum, para ingressarmos na Ordem do Dia.
(O Sr. Secretário procede à chamada
nominal.)
Não há quórum. Estão encerrados os
trabalhos da presente Reunião.
(Encerra-se a Reunião às 10h42min.)
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